sexta-feira, 18 de julho de 2008

Carreira boa

Quando se pensa em político dois cenários vêm à cabeça. Ou o cara vai fazer um monte de leis inúteis que só servem pra atrapalhar ou o cara vai roubar. Até aí nenhuma novidade.

O que espanta são os números divulgados recentemente pelo TSE. Já são mais de 370 mil pedidos de candidatura para as próximas eleições municipais!

Parece mesmo que ninguém quer ficar de fora da farra.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Garapa

A impressão que se tem é de que noventa porcento dos filmes brasileiros retratam de alguma forma a pobreza do sertão nordestino em suas mil e uma variantes. Acho que os roteiristas, diretores, atores, e produtores acreditam que o tema lhes confira uma aura de intelectuais engajados na luta contra a miséria. Ou talvez a razão seja simplesmente a de que essa temática ajude a captar patrocínios públicos. De qualquer forma, é uma baita falta de imaginação!

Pois é, o último filme a seguir a temática é o Garapa, do badalado diretor José Padilha. No documentário ele segue três famílias cearenses que passam fome e a alimentam suas crianças com garapa (uma mistura de água com açúcar). A situação dessas famílias é mesmo muito triste.

Mas essa situação não é tão freqüente quanto os proponentes do bolsa família nos querem fazer crer. Em mais um brilhante artigo o jornalista Ali Kamel desmonta a tese de que há dezenas de milhões de pessoas com insegurança alimentar no Brasil. O seu argumento se baseia em dois pontos principais que eu resumo abaixo.

O primeiro é que a forma como a pesquisa sobre insegurança alimentar é feita leva a conclusões equivocadas a respeito da fome. A metodologia de pesquisa usada no Brasil é a mesma da utilizada nos Estados Unidos. E lá a pesquisa concluiu que em 2006 haviam mais de 35 milhões de pessoas com insegurança alimentar. Quem já pôs os pés nos Estados Unidos pelo menos uma vez na vida sabe que esse número não reflete a realidade.

O segundo argumento se baseia na premissa que a única maneira de se medir a fome de forma objetiva é medindo a altura e peso, ou seja, calculando o índice de massa corporal. E os números mostram que entre 2002 e 2003 o índice de pessoas magras no Brasil se encontrava em 4%, abaixo dos 5% considerados aceitáveis pela OMS. É claro que esse número é uma média, mas mesmo olhando para outros estratos os números são parecidos. Em 2006 as pesquisas mostram que a situação só é mesmo mais grave entre as mulheres sem escolaridade (5.3%) e com mais de 6 filhos (6%).

Ora, se a fome no Brasil é um problema claramente localizado como mostram as pesquisas do IBGE, por que distribuir o bolsa família para 46 milhões de pessoas? E por que, à época da divulgação da pesquisa do IBGE no início de 2005, o presidente Lula se apressou em desqualificá-la (veja aqui)?

A resposta é simples: o bolsa família não é um simples programa de erradicação da fome, mas um programa populista que o governo petista visa tornar o mais amplo possível. Com milhões de brasileiros clientes do governo, não é de se admirar a resiliência da popularidade do presidente.
E filmes como Garapa caem como uma luva no discurso mistificador do nosso presidente. O que não dificulta em nada a liberação de verbas da Ancine, mais de R$ 1 milhão, Petrobras*, etc.

*O nome do filme era Fome.

sábado, 5 de julho de 2008

Cotas

As cotas estão na moda. São as chamadas ações afirmativas. Já temos cotas pra índios, negros e agora para alunos de escolas públicas que desejam entrar nas universidades federais (veja aqui).

Não é preciso ser muito esperto para perceber que as cotas raciais não passam da legalização do racismo. Se duas pessoas são igualmente competentes e tiveram as mesmas oportunidades, por que dar a vaga na universidade pra quem é negro somente por conta da cor da pele?

Do jeito que a coisa anda em breve teremos 50% de cotas para negros, 50% para índios, 50% para alunos de escolas públicas, 50% para deficientes, 50% para filhos de militares, 50% para idosos, 50% para gestantes, 50% para petistas, 50% para perseguidos políticos, 50% para cubanos, 50% para os amigos do filho do presidente, etc.

Vai faltar vaga nas universidades federais!

Ainda sobre o tema vale a pena ver o vídeo abaixo. Nele o deputado Jair Bolsonaro ataca o sistema de cotas. É um dos poucos discursos corajosos feitos no nosso congresso nos últimos anos.


terça-feira, 1 de julho de 2008

Quem quer ter um filho gay?

A modelo Isabeli Fontana virou alvo das críticas dos homosexuais por dizer no programa da Hebe Camargo que não gostaria de ter um filho gay (veja aqui).

Pra quê? No Brasil de hoje não se pode falar nada de homossexual. Qualquer coisa é preconceito e homofobia. Segundo eles a modelo é “mente fraca e preconceituosa” e não sabe “respeitar e entender as diferenças”.

Ora, quem é preconceituoso e não sabe entender as diferenças são aqueles que não respeitam a opinião da modelo. Tolerar os homosexuais não significa que se tem que gostar do comportamento deles.

A verdade é que o Brasil é um país que respeita bastante os homossexuais. Apesar disso, muitos ainda ficam melindrados com cada coisa que se fala ou se deixa de falar deles.

Difícil mesmo é ser gay no mundo mulçumano.