O governo Lula proibiu quarta-feira a exportação de arroz dos estoques públicos com o objetivo de segurar os preços no mercado interno. A ameaça do governo, caso os preços internos não caiam, é fazer o mesmo com o setor privado, instituindo tarifas de exportação ou mesmo a total proibição (veja aqui).
Então. A primeira coisa que se aprende em qualquer curso sério de economia é que os preços são o principal mecanismo de sinalização que os agentes têm para alocar recursos excassos. E que quando se restringe o funcionamento dos mercados a eficiência econômica diminui.
No caso do arroz, o resultado é óbvio: prejuízo para os agricultores. Mas a coisa não pára por aí. A se confirmarem as restrições impostas pelo governo, a consequência será menos agricultores plantando arroz para a safra do ano que vem, resultando em uma oferta menor do produto e um preço maior pra o consumidor. Ou seja, exatamente o oposto do que pretende o governo.
Querer controlar os preços do arroz é uma intromissão desnecessária em uma matéria que deve ser puramente privada.
Mas o PT ter políticas econômicas populistas e idiotas não espanta ninguém. Triste é a Míriam Leitão achar a idéia boa (veja aqui). A sua evidência é que países como China, Índia, Indonésia e Malásia fizeram o mesmo. Como se esses países dessem bom exemplo de política econômica! É demais. Das duas uma: ou ela não entende nada de economia, ou resolveu dar apoio político ao PT (quem sabe as duas coisas). O pior é que ela espalha essas barbaridades na Rede Globo, na Globo News, na rário CBN e no jornal O Globo.
A essa altura, quem planta milho deve estar de cabelos em pé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário